A reprodução mais comum nas bactérias é assexuada por bipartição ou cissiparidade.
Ocorre a duplicação do DNA bacteriano e uma posterior divisão em duas
células. As bactérias multiplicam-se por este processo muito rapidamente
quando dispõem de condições favoráveis (duplica em 20 minutos).
A separação dos cromossomos irmãos conta com a participação dos mesossomos,
pregas internas da membrana plasmática nas quais existem também as
enzimas participantes da maior parte da respiração celular.
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Repare que não existe a formação do fuso de divisão e nem de figuras clássicas e típicas da mitose. Logo, não é mitose.
Esporulação
Algumas espécies de bactérias originam, sob certas condições ambientais, estruturas resistentes denominadas esporos.
A célula que origina o esporo se desidrata, forma uma parede grossa e
sua atividade metabólica torna-se muito reduzida. Certos esporos são
capazes de se manter em estado de dormência por dezenas de anos. Ao
encontrar um ambiente adequado, o esporo se reidrata e origina uma
bactéria ativa, que passa a se reproduzir por divisão binária.
Os esporos são muito resistentes ao
calor e, em geral, não morrem quando expostos à água em ebulição. Por
isso os laboratórios, que necessitam trabalhar em condições de absoluta
assepsia, costumam usar um processo especial, denominado autoclavagem,
para esterilizar líquidos e utensílios. O aparelho onde é feita a
esterilização, a autoclave, utiliza vapor de água a temperaturas da
ordem de 120ºC, sob uma pressão que é o dobro da atmosférica. Após 1
hora nessas condições, mesmo os esporos mais resistentes morrem.
A indústria de enlatados toma medidas rigorosas na esterilização dos alimentos para eliminar os esporos da bactéria Clostridium botulinum. Essa bactéria produz o botulismo, infecção frequentemente fatal.
Reprodução sexuada
Para as bactérias considera-se reprodução sexuada
qualquer processo de transferência de fragmentos de DNA de uma célula
para outra. Depois de transferido, o DNA da bactéria doadora se
recombina com o da receptora, produzindo cromossomos com novas misturas
de genes. Esses cromossomos recombinados serão transmitidos às
células-filhas quando a bactéria se dividir.
A transferência de DNA de uma bactéria para outra pode ocorrer de três maneiras: por transformação, transdução e por conjugação.
Transformação
Na transformação, a bactéria absorve moléculas de DNA
dispersas no meio e são incorporados à cromatina. Esse DNA pode ser
proveniente, por exemplo, de bactérias mortas. Esse processo ocorre
espontaneamente na natureza.
Os cientistas têm utilizado a transformação como uma técnica de Engenharia Genética, para introduzir genes de diferentes espécies em células bacterianas.
Transdução
Na transdução, moléculas de DNA são transferidas de
uma bactéria a outra usando vírus como vetores (bacteriófagos). Estes,
ao se montar dentro das bactérias, podem eventualmente incluir pedaços
de DNA da bactéria que lhes serviu de hospedeira. Ao infectar outra bactéria, o vírus que leva o DNA bacteriano o transfere junto com o seu. Se a bactéria sobreviver à infecção viral, pode passar a incluir os genes de outra bactéria em seu genoma.
Conjugação
Na conjugação bacteriana, pedaços de DNA passam
diretamente de uma bactéria doadora, o "macho", para uma receptora, a
"fêmea". Isso acontece através de microscópicos tubos protéicos,
chamados pili, que as bactérias "macho" possuem em sua superfície.
O fragmento de DNA transferido se recombina com o
cromossomo da bactéria "fêmea", produzindo novas misturas genéticas, que
serão transmitidas às células-filhas na próxima divisão celular.
Conjugação bacteriana mostrando o pili sexual.
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