A
poluição do ar pode ser causada pelo aumento da quantidade de gás
carbônico, que acentua o efeito estufa causando o aquecimento
global, pela introdução de partículas que ficam em suspensão no
ar e pela introdução de gases poluentes. Dentre esses, merecem
destaque monóxido de carbono (CO), dióxido de enxofre (SO2),
ozônio (O3), dióxido de nitrogênio (NO2) e
hidrocarbonetos, como o metano (CH4).
Um
dos principais agentes poluidores da atmosfera é o motor a explosão
dos veículos automotores.
Quando
a queima do combustível e completa, libera dióxido de carbono
(CO2), mas a combustão incompleta libera monóxido de
carbono (CO).
O
monóxido de carbono é um gás extremamente perigoso, inodoro, que
se mistura ao ar e acaba sendo inspirado também. Ao passar para o
sangue, associa-se a hemoglobina, pigmento vermelho do sangue e
principal responsável pelo transporte de oxigênio em nosso corpo. A
união do CO com a hemoglobina, no entanto, forma um composto
relativamente estável: a carboxiemoglobina. A hemoglobina,
“ocupada” pelo monóxido de carbono, não pode transportar
oxigênio, causando um tipo de asfixia que pode comprometer a vida. E
sempre necessário extremo cuidado com os gases liberados por
veículos parados com o motor em funcionamento em garagens, tuneis e
outros lugares onde a ventilação é limitada.
Os
motores `a explosão não são os únicos agentes poluidores da
atmosfera. Industrias siderúrgicas e queimadas de florestas também
são importantes fontes de poluentes.
As
combustões incompletas de alguns combustíveis podem produzir, alem
do monóxido de carbono, alguns hidrocarbonetos gasosos e óxidos de
nitrogênio. Estes dois subprodutos combinam-se na atmosfera em
presença de luz solar, produzindo outras substâncias mais tóxicas:
o ozônio (O3) e o nitrato peroxiacetílico (PAN). Essas
duas substâncias provocam nos humanos desconforto respiratório e
irritação nos olhos seguida de lacrimejamento.
O
excesso de O3 determina aumento na taxa respiratória das
plantas, que acabam morrendo por consumir desnecessariamente a
glicose armazenada. Alem disso, o PAN inibe a fotossíntese, causando
a morte da planta, uma vez que ela não pode mais sintetizar seus
alimentos. Certas variedades de plantas são muito sensíveis a esses
fatores, e seu cultivo não tem sido mais possível em áreas
próximas a grandes cidades.
Além
da gasolina, a queima de outro derivado do petróleo, o óleo diesel,
e a queima do carvão mineral pelas indústrias também liberam
produtos tóxicos na atmosfera. É o caso do dióxido de enxofre
(SO2) e do dióxido de nitrogênio (NO2), gases
que causam distúrbios respiratórios no ser humano, como bronquite e
asma. Esses gases reagem com o vapor-d'água da atmosfera,
originando, respectivamente, ácido sulfúrico e ácido nítrico, que
chegam `a superfície sob a forma da chamada chuva ácida.
Além de destruir monumentos, mármore, grades metálicas e
carrocerias de carros, essa chuva provoca acidentes ecológicos
graves: destrói a vegetação e contamina o solo e a água. O
aumento da acidez da água de certos lagos, por exemplo, tem causado
grande mortalidade de peixes.
As
partículas sólidas em suspensão no ar, da mesma forma que os gases
componentes da atmosfera e os poluidores, são levadas pelas
correntes de convecção para as camadas mais altas da
atmosfera, por onde se dissipam. Esse processo diminui a poluição
atmosférica e reduz seus efeitos.
A
troposfera torna-se cada vez mais fria a medida que aumenta a
altitude. No entanto, uma massa de ar quente pode cobrir uma camada
mais fria. Quando isso acontece, as correntes de convecção
tornam-se fracas e incapazes de dispersar o ar, e com ele as
substâncias poluidoras. Então, a atmosfera próxima ao solo
torna-se densa, escura e imprópria `a vida normal e saudável.
Esse
processo, caracterizado pela presença de uma massa de ar quente onde
normalmente a atmosfera e fria e responsável pelo quadro descrito, e
conhecido por inversão térmica.
A
inversão térmica é particularmente grave em cidades industriais,
pois aprisiona grande quantidade de poluentes no ar que a população
respira.
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